Contos de Fada Eróticos no Rio de Janeiro: O traficante de Zô - Parte II

Mais um episódio da série de Contos de Fada Eróticos no Rio de Janeiro. Começando com uma adaptação do Mágico de Oz. Essa série será publicada toda sexta à noite aqui no site! Comentários, declarações de amor eterno e orgasmos são sempre bem-vindos! Clique aqui para ler a parte I!

Obs.: Aviso para quem for fresco, o texto tem partes que podem ser consideradas pornográficas e violentas. 

Parte II

Nunca subira numa favela, nunca tivera nenhum interesse, nem sabia como chegar direito naquela famosa favela da periferia do centro, a do morro do Zô. Mas sente o cheiro do mijo e sabe que é pelas ruas infestadas dele que tem de seguir. Sua cabeça doe por uma ressaca que vem chegando. Não ficaria assim de ressaca só pela cerveja que bebeu, mas toda a tensão, todo o sangue, a violência, o deixaram desorientado. Tem fome, mas não tem dinheiro. Mas quem sabe, àquela hora sempre pode encontrar uma esquina com alguma van vendendo um salgado, quem sabe pode contar sua história – é... só do assalto -, e conseguir um salgado grátis. Vai seguindo por mais ruas alaranjadas tomadas de mijo, finalmente vê movimento, vê uma das vans que esperava pelo caminho e vai até ela. Olha desamparado, para as pessoas, olham-lhe estranho, vêem o sangue. O sangue do pivete, havia se esquecido disso. Desiste, segue em frente. E virando uma esquina onde parece seguir o cheiro, vê sua salvação, uma garota, sentada numa calçada sozinha com um salgado na mão. Pode dizer que se acidentou, usar um charme meio trágico e se alimentar. Quando chega perto dela, ela vira para ele, está com os olhos vermelhos de choro. “Sai, sai, não aguento mais!” “Eu... eu... sofri um acidente... é... o que houve? Por que você está chorando?” “Olha, me deixa em paz, eu não vou ficar com você, já não aguento mais, não sei quantos já me infernizaram hoje.” “Eu só quero saber como você, tá!” “Eu não sou burra, não me chama de burra!” “Eu não tô te chamando de burra! Caramba, acabei de sofrer um acidente, to desorientado, te vi com um salgado, preciso de algum sal no sangue!” “Não aguento mais essas cantadas baratas! Eu não sou burra, droga. Droga, droga, eu devo ser mesmo! Isso explica tudo, eu preciso de um cérebro! Vai lá fala, fala o quanto você me acha burra!” “É...”